Gangues do erotismo




Mais uma vez o nosso Tarrafal. Quando se lembra ou se fala de Tarrafal, lembramos das suas estruturas históricas, turísticas, humanas (não anatómicas) que tem levado o seu nome a diversos lugares do mundo e faz com que as pessoas cheguem para visitar a cidade e seus recantos. 

Nos últimos anos as autoridades investiram muito para a recuperação do turismo nessa zona, norte de santiago, para que as ilhas mais fortes turisticamente sejam aliviadas, para não sofrer um rápido esgotamento.

Tarrafal é terra e potencial de muitas coisas, essa frase é muito ouvida e gasta. Tarrafal não é terra de turismo, mas, é terra de condições imensas, tem todas as condições para tal, todo desenvolvimento turístico traz consigo suas imperfeições e benefícios. Um dos benefícios no Tarrafal é o calor humano, a afabilidade que as pessoas de Tarrafal apresentam aos visitantes e sempre querem voltar. Aqui, falo de uma imperfeição que tem preocupado a atividade turística no Tarrafal. A organização dos “gangues eróticos”.

Em todos eles, há uma similaridade, todos acham que as mulheres turistas, em especial as brancas que chegam, vêm procurar sexo e corpos novos a desposição do sol e de uma prancha, que o dreadlocks é meio caminho andado para reduzir a pregação de que é necessário para conseguir uma senhora recém-chegada.

Nos últimos tempos tem havido queixa de pessoas que visitam Tarrafal, que afirmam existir grupos de rapazes que se instruem uns nos outros para assediarem turistas para terem sexo e muitas vezes ficam com bens. Não neguemos essa prática no país, mas, tem havido triunfo dos canalhas em nome disso, e eles andam a se triunfar e a aumentar de números, como tinha dito Guimarães Rosa. Viver é muito perigoso. É muito bom viver, ainda, mais importante é conviver em paz. 

Eles, estão ali, em grupos de dois rapazes ou em grupos de vários elementos, estão na praia, nos bares, nas praças, e nos espaços culturais e tem estórias prontas para serem contadas a moda deles como se fossem guias, se houver turistas em especial mulheres, nesses lugares, eles estarão presentes. 

Destacam-se pela criação de cães e andam com o animal por todo lugar. Segundo eles, esses animais dão lhes uma imagem de homem ambientalmente preocupado e amnate dos anmais, como os brancos, diz o outro de grande cabeleira. 

Muitos já são bons nessa prática, parecem cinólogos pela forma que dominam os caninos, grande maioria são pitbull, que também preocupam as pessoas, pela imagem negativa que se tem desse cão, não que seja totalmente correta. 

Observam grupos de turistas, gravam características de cada um, dão preferências a jovens mulheres e adolescentes caso seja possível. Eles estão ali de dia nas praias a analisar a necessidade de cada um e contam entre eles o que gostam e como deve ser feito para engata-las.

Pintam cabelos, vão ao ginásio, têm músculos a mostra, aparentemente só para elas, e em casa é guerra, eles chegam e tiram conversa, sorriam com arte, como se o homem ideal é de Tarrafal, tocam com a mão, às senhoras, normalmente estão na ignorância, quando  se é educada dá-se a confiança, então, é ali que eles abraçam e começam a tocar nas outras partes do corpo, e só depois que as senhoras dão conta que estão a ser agredidas sexualmente.

Outras vezes, se envolvem, porque há turistas que vem procurara prazer, só que isso tem confundido esse grupo que acha que todas as senhoras vêm para sexo e sem vergonhice nas arreias brancas na praia do presidente, e em espaços tão convidativos. 

Os comerciantes, estão cientes disso, já cansaram de mandá-los embora e avisá-los sobre a deselegância de importunar pessoas. Vão e depois alguns deles voltam de mãos dadas e outras vezes agarrado a elas, parece absurdo, mas acontece o reverso. 

Se no sal e boa vista eles chegam, em muitas ocasiões a procurar sexo, no Tarrafal há uma confusão dos que acham que todas e todos que chegam, vem para se sentir realizado e saciado sexualmente. Tem havido muitas queixas das pessoas afetadas.  

Este texto não é a defesa do branco e preto. Mas, é importante dizer que se comete esse tipo de crime todos os dias, e já é tempo de acabar com essa prática que também tem acontecido com as mulheres cabo-verdianas. 

Fala-se recorrentemente sobre essa prática e está na boca das pessoas, porém parece que se tornou rotina, e ter certas feições e características serve para ser mais um elemento desse gangue.

A mulher, seja de que nacionalidade for, não se sente confortável perante o assédio e outras práticas do género deste tipo de crime. Imagina, outros tipos de crimes advenientes dessa prática que não chegaram ao conhecimento público? Mulheres estrangeiras e das outras ilhas do país que permaneceram, e até hoje se pensa que é só gostança sem porcança, que é o amor e não o horror.

Muitos desses senhores e muitos são jovens, nem sequer têm noção se tal prática é crime, basta que abram a boca para senti-los a exaltarem a ignorância, têm apetite e desejo de possuir un branka para poderem nbarkar ku dukumentu.

Têm as praias como seus quarteis general para desejar, tocar no órgão para que elas possam vê-los que são machos e desejam o sexo, observam o corpo, as suas vestes, bikini: são homens ainda novos sem frios no corpo e cheios de brios e disparos prontos. Caso ainda as autoridades não tomem medidas: fuja!

ML

 

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