Praia

 






Poetisa, Edna Pina Bala, Natural de Tarrafal de Santiago, residente em Chão Bom, apaixonada pela literatura e moda. tem estado a expressar as suas emoções e ideias através de palavras, o seu sonho e tornar uma mulher consolidada naquilo que ama fazer.  



Poema I


Praia abandonada, serve para quem ama?

mente fluente e nudez de uma praia deserta

conectando com alma, tem que ser nua, coisas de gente que ama.

Falando de ocupação do corpo? É bom estar desprovida de roupas,

A praia é um manto que molha o pensamento, se quiseres, gritos e lamentos.

 

Mulher quando estou na rua, sou mulher,

Sou sua. Sou a crua e deserta quando estou nua de rua,

Meu mundo é uma geografia dentro de uma cabeça fria

 

Sim!

Sou mulher, o meu corpo é um céu que fala o nome de mulher,

Até ainda é bem provável que as mulheres necessitam de dizer em alto som,

-este corpo de mulher, é meu e de mais ninguém. Meu.

Se pela praça a dentro estou Desnuda me chamam de vagabunda,

Dentro de mim há um pensamento maduro, ideias duríssimas que entra sem permissão.


Contudo sou imunda para nariz arrebitado, esses pavões de salto alto.

Sem pudor faço amor com odor de deus, sou de sexo sagrado

A cada grão de areia que corre colado no ao meu corpo, digo em soluços,

Não. Não para. Isso me excita. Não se precipita, estou nua pronto para penetrar,

O desconhecido dentro de mim.

 


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