Parte
I
Quando somos novos, sentimos o mundo a andar nas nossas mãos. Por ter quase tudo em dia seremos capazes de fazer grandes revoluções em pensamentos e palavras, às vezes, pensamos que o nosso próprio folgo gira, entra e sai de nós mais rápido que o movimento do mundo, aparentemente. Estar novo é sentir-se convencido de que alguém envelhece, mas só os outros, nós não, especulamos que a nossa geração é melhor que a outra que passou e a que vem vai aprender com as nossas ações, as vezes não são enganos de que tudo o que há no universo gira a volta de nós e mal damos conta que tudo não passa de um tempo muito bem programado para dececionarmos lá a frente da vida e, quando abrimos a nossa trouxa que está cheio de tempo que jamais recuperaremos, com vestuários que vestimos ao contrário por ter tomado uma boa ou má decisão e, ao olharmos a nossa pele, ela as vezes, está ao contrário, por vezes ao olharmos no espelho a nossa própria cara e pele aprende a nos olhar de frente.
A trouxa cheia de roupa é só
multiplicação de muitas coisas chamada vida e lida, carregada de um passado
muito bem estragada com boas e más coisas e um certo cheiro de um corpo que era
novo e a ignorância pura de magia que pouco servia para salvar as nossas
próprias revoluções e revoltas.
O sorriso do tempo da mocidade é
sinal de que a maturidade é isso. Acertar os nossos erros como se eles fossem
um verbo cheio de poder com mãos e pés que mudam se metamorfoseando, o futuro e
o presente se entrelaçam e, tudo se conjuga.
No fundo, a maturidade viaja gradualmente
no nosso corpo até chegar na cabeça e, ela é no fundo como uma estrela que com
o tempo só ilumina e deixa de resplandecer, por nossa conta, por deixarmos
raios bem iluminados passar para a outra pessoa, temos de ter a obrigação de
iluminar o caminho dos outros, serve para tornear a vida com sabedoria, por
isso, quando estamos novos queremos logo brilhar e quando envelhecemos só
queremos iluminar as coisas e as pessoas, aí seremos homens com olhos abertos,
adivinhadores das ações dos mais novos, seremos uns bons homens e manhentos1
com grandes conhecimentos guardados em silêncio, o próprio silêncio deixara de
ser um segredo, cansamos de falar e de estar a repetir as coisas porque a vida
nos castiga por repetir os erros ao
aprendemos as coisas fora do seu tempo, guardamos em silêncio. A juventude boa
é aquele que envelhece antes do tempo.
Bons pais falam em silêncio, o olhar
do homem velho indica o caminho certo do futuro, sendo assim, educam com
iluminação e, os filhos brilham na vida. Nada é absolutamente certo na vida, há
quem esta, pronto para cortar este ciclo, por isso, o mundo é um lugar onde se
estraga com boas e más ações e, sempre há de existir homens que se evoluem
diante das dificuldades.
Se pensamos coisas grandes, ficamos
imensos, nem se for só no sonho ou a ideia que o valha na cabeça, seremos
estrelas e planetas que poucos sabemos se somos, demoramos em descobri-lo.
Somos grandes a continuar, a iluminar e seremos algum propósito, inspiradora de
alguém que talvez nunca conhecemos. É importante continuar a caminhar.
O homem no seu ciclo de vida não
deixa de ser um eclipse lunar que começou enquanto somos novos, termos brilhos
intensos na nossa juventude, tempo de invenção de todas as nossas teorias e
dúvidas que nos põem a prazo com certas certezas assustadas e outras bem
fundamentadas, nessa idade pode-se errar e criar coisas, ver o Albert Einstein
e a sua teoria da relatividade e os grandes escritores que escreveram as suas
grandes obras ainda jovens, desafiaram colher a parte certa, necessária e
fundamental da vida para a humanidade errando muito e acertando poucas vezes,
aquelas vezes que os acertos até hoje faz a diferença.
A maturidade parece aquelas estrelas
que ficam atrás dos planetas mirando de vez em vez e não deixa de nos apresentar
a ideia de que são algo escuros que se tinha guardado um brilho na juventude e
apagou quando a idade já é só numero que assusta gradualmente.
É preciso ter aquilo que segura um
homem perante a terra, aquilo que é maior que a gravidade, que desafia a resistência
e, torna um homem desapegado de certas coisas materiais e terrenas. A fé.
Depois a morte. Morte acaba com a verdadeira fé de um homem que a professa,
fica a memória. Por isso, são fortes, um com poder e, outro com a eternidade e
esquecimento de alguns homens. É preciso ser verdadeiramente necessário.
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